Afinal, você sabia que a musicoterapia infantil pode transformar o comportamento das crianças? Quando elas ainda não conseguem expressar o que sentem com palavras, o corpo e as atitudes falam por elas. É nesse momento que essa abordagem terapêutica entra em cena como uma aliada poderosa!
Mais do que apenas ouvir canções, a musicoterapia infantil é uma abordagem cientificamente reconhecida. Ela usa ritmos, sons e brincadeiras musicais para ajudar crianças a lidarem com emoções como ansiedade, frustração, insegurança e raiva. A música toca onde as palavras ainda não alcançam.
O que é musicoterapia infantil?
Em outras palavras, a musicoterapia é uma intervenção terapêutica que utiliza a música como ferramenta para promover mudanças emocionais, comportamentais e cognitivas. Com acompanhamento profissional adequado, os resultados podem ser surpreendentes.
Segundo Hatahet et al. (2024), planos individualizados de musicoterapia permitem que crianças articulem suas emoções e se comuniquem com mais segurança. Esse processo estimula o autoconhecimento e contribui para o desenvolvimento emocional.
Quem pode se beneficiar da musicoterapia infantil?
Por isso, a musicoterapia infantil é indicada para:
Crianças neurotípicas;
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA);
Crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
Crianças com deficiências cognitivas;
Crianças com dificuldades comportamentais.
De acordo com Ke et al. (2022), crianças com TEA demonstram respostas muito positivas à interação musical, favorecendo o engajamento social.
Como o cérebro reage aos estímulos musicais?
Além disso, a interação musical ativa vias neurais relacionadas à linguagem e à coordenação motora. Isso favorece tanto a comunicação quanto a expressão emocional. Estudos como o de Sharda et al. (2018) mostram que a música melhora a conectividade entre as áreas auditiva e motora do cérebro — essenciais para a interação social.
“A produção musical pode ser uma ponte para a comunicação eficaz, principalmente para crianças não verbais ou com dificuldades graves de linguagem.” — Erlani et al., 2018.
Saiba mais em: A musicoterapia ativa várias áreas do cerebro
Resultados observados na prática com a musicoterapia infantil
Com isso, e com o acompanhamento de um musicoterapeuta infantil, é possível observar melhorias em diversas áreas:
Concentração e foco;
Autocontrole;
Empatia;
Relacionamento interpessoal;
Expressão de sentimentos.
A estrutura musical cria um ambiente previsível e seguro, ideal para crianças com TDAH. Conforme Wang (2024), atividades musicais estruturadas favorecem a regulação emocional e a atenção sustentada.
Tecnologia e personalização na musicoterapia infantil
A integração de tecnologia à musicoterapia amplia ainda mais as possibilidades. De acordo com Kossyvaki & Curran (2018), dispositivos musicais interativos promovem maior engajamento, principalmente entre crianças com deficiência intelectual.
Além disso, o uso de softwares e instrumentos digitais permite adaptações personalizadas. Isso torna as sessões mais envolventes e significativas.
Mais que som: o vínculo criado com o terapeuta
A presença ativa do terapeuta é essencial. Durante as sessões, é estabelecido um vínculo de confiança com a criança. Esse laço favorece a abertura emocional e o progresso terapêutico.
“O engajamento musical, quando feito com empatia e intencionalidade, promove resultados terapêuticos reais e duradouros.” — Geretsegger et al., 2015
Conclusão: por que investir na musicoterapia infantil?
A musicoterapia infantil é uma ferramenta poderosa e cientificamente validada. Ela ajuda crianças a expressarem sentimentos, melhorarem habilidades sociais e se desenvolverem de forma global. Com sons, ritmos e emoções, a música abre caminhos onde as palavras ainda não chegam.
Portanto, se você percebe que seu filho tem dificuldade de expressar sentimentos, relacionar-se com os outros ou manter a atenção, vale a pena conhecer melhor essa abordagem.
Procure um profissional qualificado em musicoterapia infantil e transforme o desenvolvimento emocional do seu filho com música!
Referências:
Ke et al., 2022
Liu et al., 2024
Hatahet et al., 2024
Sharda et al., 2018
Bharathi et al., 2019
Wang, 2024
Kossyvaki & Curran, 2018
Erlani et al., 2018
Ruiz et al., 2023
Applewhite et al., 2022
Geretsegger et al., 2015
